Cancro da Mama: a importância da prevenção!

O cancro da mama é um dos cancros mais comuns no sexo feminino, sendo a segunda causa de morte por cancro, na mulher. Prevê-se que 1 em cada 9 mulheres que viva até aos 80 anos de idade terá cancro da mama.

1. O que é?

O cancro da mama inicia-se quando as células saudáveis na mama se alteram e crescem descontroladamente, formando uma massa designada de tumor. Este tumor pode ser benigno ou cancerígeno. O termo ‘cancerígeno’ significa algo maligno e que se pode disseminar para outras partes do corpo (ossos, fígado, pulmões e cérebro). A este processo dá-se o nome de metastização. 

Afeta homens e mulheres, embora seja mais raro em homens (cerca de 1% dos casos).

2. Quais os fatores de risco?

Existem alguns comportamentos ou condições que aumentam a probabilidade de vir a desenvolver cancro da mama. Se um ou mais fatores de risco se aplicarem a si, não significa que irá desenvolver necessariamente esta doença. Da mesma forma, o cancro da mama pode afetar indivíduos que não apresentem fatores de risco conhecidos.

Apesar de as causas para o cancro da mama permanecerem desconhecidas, já são conhecidos alguns fatores de risco. Destacam-se:

  • Sexo: afeta maioritariamente o sexo feminino.

  • Etnia: afeta principalmente mulheres caucasianas.

  • Idade: é o principal fator de risco. Uma mulher de 60 anos tem 8 vezes maior risco de desenvolver a doença nos 5 anos seguintes do que uma mulher de 30 anos.

  • Antecedentes familiares: história de cancro da mama em vários membros da família. Ocorre entre 5-10% dos casos.

  • Fatores hormonais:

    • menarca precoce (1ª menstruação antes dos 12 anos de idade);

    • idade avançada na 1ª gravidez (após os 30 anos de idade);

    • menopausa tardia (acima dos 55 anos de idade);

    • nunca ter engravidado;

    • uso de anticoncepcionais (nem todos os estudos são consensuais);

    • uso de terapêutica hormonal de substituição (THS) após a menopausa, por um período prolongado (superior a 2 anos).

  • Doenças proliferativas mamárias

  • Densidade mamária: há um risco acrescido nas mulheres com uma maior densidade mamária pela possibilidade de ocultar o tumor.

  • Excesso de peso: Índice de Massa Corporal (IMC) superior ou igual a 30.

  • Sedentarismo

  • Alimentação desequilibrada

  • Consumo excessivo de álcool

  • Tabagismo

  • Exposição a radiação ionizante: como raios-X.

3. Quais os sintomas?

Os sintomas não são exclusivos desta doença, podem ocorrer noutras, como em quistos benignos. Se apresentar um ou mais sintomas não significa que tenha cancro da mama.

Esteja atenta e consulte o seu médico se apresentar:

  • nódulo/espessamento da mama ou na zona da axila, detetável ao toque;

  • alterações no tamanho/forma da mama;

  • dor na mama;

  • alterações na mama/mamilo;

  • sensibilidade no mamilo;

  • secreção ou perda de líquido do mamilo;

  • retração do mamilo;

  • gretas ou descamação da pele da mama, mamilo ou aréola;

  • vermelhidão ou inchaço da pele da mama, mamilo ou aréola.

4. Que cuidados devo ter?

Existem diversos exames de rotina que auxiliam no diagnóstico precoce do cancro da mama, antes de surgirem quaisquer sinais ou sintomas e, até mesmo para aumentar a probabilidade do tratamento ser mais eficaz! Deste modo, recomenda-se:

  • mamografia anual ou a cada 2 anos, em mulheres a partir dos 40-50 anos de idade.
  • exame clínico da mama realizado pelo médico. É realizada a palpação das mamas em diferentes posições (de pé, sentada e deitada), de modo a detetar alterações e/ou nódulos.

  • autoexame da mama, pelo menos 1 vez por mês. A altura ideal é na semana após o período menstrual. Caso detete alguma alteração, contacte o seu médico. 

        Atenção! A ecografia mamária não é considerada um método de diagnóstico!

5. Como fazer o autoexame da mama?

  • No espelho, observe a mama e o mamilo com os braços ao longo do corpo e com eles levantados. Esteja atenta ao tamanho, cor e crostas e também a qualquer alteração na pele (vermelhidão, inflamação, aspeto de casca de laranja).

  • Durante o banho, coloque uma das mãos atrás da cabeça e apalpe o seio. Comece na parte de cima do seio, descrevendo movimentos circulares no sentido dos ponteiros do relógio. Repita para o lado contrário.

  • Palpe ainda as axilas para procurar possíveis gânglios ou nódulos.

  • Verifique também se apresenta corrimento ao pressionar o mamilo.

Liga Portuguesa Contra o Cancro

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